Breve história do mochilão – parte II




A mochila, propriamente dita, apareceu no momento em que terminava a escravidão. Agora que não havia mais escravos - pelo menos não da mesma forma - cada um que tratasse de carregar suas próprias tralhas.
Quem primeiro precisou fazer isso foram os soldados das Américas. Os soldados europeus não tiveram tanta preocupação porque seus trajetos eram curtos e existiam estradas rodáveis na Europa. Mas aqui na América (do Sul, do Norte, Central), o negócio era feio. Os caminhos eram enormes e não havia muitas bases para se conseguir suprimentos. O jeito era o nobre soldado levar tudo que achasse importante nas próprias costas. Na I Guerra Mundial, a maioria deles já usava mochilas.
Mas, se as guerras terminaram (a primeira e a segunda, quero dizer) como a mochila veio parar no nosso dia-a-dia?
De 1919 pra frente, ex-soldados acabaram percebendo que a mochila era muito útil e poderia ser usada em outras ocasiões, como viagens, por exemplo.
Pessoas interessadas em atividades como montanhismo e a escalada também se apaixonaram pelo equipamento e o adotaram para suas práticas esportivas. Hoje, é impossível imaginar alguém se aventurar a subir uma montanha sem uma mochila, pequena que seja.
Daí para elas chegarem às nossas casas foi um pulo. Como já foi dito em outro post, após a segunda guerra, muitos equipamentos militares sem uso foram vendidos a preço de banana, inclusive as mochilas militares, prontamente absorvidas por interessados em atividades do campo e esportes na natureza, como o trekking.
Lá pelos anos 50, 60, a geração beatnik – jovens originados pelo movimento contracultural – cai na estrada levando consigo mochilões, agora maiores do que os usados pelos soldados durante as guerras.
Mochila Kelty Tioga, de armação externa

Em 1952, Dick Kelty (fundador da marca Kelty) cria a primeira mochila de armação externa, a Trekker, com cerca de 65 litros. Vinte anos depois, lança a Kelty Tioga, considerada a melhor mochila de armação externa já produzida.
Esse mochilão podia suportar uma grande quantidade de carga sem deixar a pessoa que o estivesse carregando, desconfortável. O ponto negativo era sua largura e sua armação que engatava em todos os lugares, além de ser difícil transportá-lo.
Primeira Iowe Alpine, de armação interna
Por isso, em 1967, Greg Iowe, da Iowe Alpine, cria a primeira mochila de armação interna, muito mais fácil de produzir e de transportar. Em pouco tempo, ela se populariza entre viajantes e esportistas, no mundo inteiro, e até hoje é o modelo mais utilizado.
(informações retiradas do site mochileiros.com)
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